quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Abertura do Cena Alternativa em Grande Estilo
06.09 - 16h - Parque Antenor Martins (Parque do Lago): Maria Borralheira, de Silvio Romero/ SE.
Montagem teatral infantil do conto popular recolhido, por Silvio Romero, no interior de Sergipe. A fábula brasileira tem mesma estrutura do clássico “Cinderela”, de Perrault, com pitadas da lógica cultural brasileira. A estória contada mescla música, canto, dança e teatro.
Direção: Fabrício Moser
Atuação: Carol Defendi
Danila Maia
Débora Matiuzzi
Lucas Sayão
Fabrício Moser
Taianne França
Vanessa Ribeiro
Músicos: Aristeo Junior
Joander Dunga
Kleber Felix
Tiago Dantas
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
terça-feira, 29 de julho de 2008
Depois de percorrer muito chão...
O Hendÿ finalmente encerrou neste último domingo, sua turnê pelo interior do Mato Grosso do Sul, através da caravana do Circuito Sul-Mato-Grossense de Teatro, realizado pela Fundação de Cultura do estado. O conto de Lima Barreto, ‘ A Nova Califórnia’, adaptado e encenado pelo grupo há mais de um ano, circulou nas cidades de Nova Alvorada, Ivinhema, Laguna Caarapã, Rio Brilhante, e Rio Negro, proporcionando ao público de modo geral, uma estética diferente da arte teatral, onde o espanto e a curiosidade da platéia se mesclam com as boas energias e o trabalho intensivo dos atores e atrizes, para encenar a intrigante história da tragédia humana provocada pela cobiça do ser.
A cada cidade a recepção da platéia ‘literalmente alimentava’ a concentração e o entusiasmo dos atores.A cumplicidade e a reciprocidade fluíam e superavam as dificuldades com a infraestrutura física, o que de fato refletem a carência de teatro ainda persistente em nossa região, apesar das tentativas concretas da fundação em fomentar a arte no estado.
As dificuldades encontradas com relação à organização e ao contato com as prefeituras dificultam a formação do público, tão almejado pelo projeto, sendo visível, portanto, a necessidade da ampliação das discussões sobre a continuidade deste e sua organização. Sua abrangência deve atender a todo o estado, não somente levando a arte, mas também observando as necessidades locais e suas especificidades, visto que há cidades que não recebem grupos de teatro há mais de quatro anos, ou mesmo outras de porte para receber espetáculos, ficaram sem ver os trabalhos realizados pelo restante do estado.
Aos poucos se desconstrói a idéia de que essas cidades não apreciam a arte teatral, e mesmo que localmente, os grupos não estão preparados para difundir o próprio trabalho, muito pelo contrário, tais dificuldades apenas aumentam o anseio pelo diferente, no fazer e no ver, das caravanas da arte.
Para o Hendÿ, neste primeiro semestre de trabalho junto ao projeto, as experiências trazidas, vãs muito além do objetivo pessoal de cada integrante. O trabalho coletivo, com o único objetivo de pesquisar e experimentar o fenômeno teatral em sua ‘essência mágica’, gratifica a quem faz e a quem vê, provando que o teatro modifica, transforma, e acrescenta na vida de todos que estão em sua realização.
Valeu Hendÿ!!!!
Que os caminhos se abram,
as fronteiras sejam derrubadas,
e os horizontes se mostrem além de muitas outras serras,
com os raios do sol cada vez mais fortes,
para os iluminados...
Danila Maia.
quarta-feira, 23 de julho de 2008
Plano Nacional de Cultura.
O Plano Nacional de Cultura (PNC), previsto pela Constituição Federal desde 2005, através da emenda constitucional de nº 48, vem sendo elaborado e discutido em todos os níveis da esfera pública, executivo, legislativo, e popular, por meio de seminários, congressos e conferências realizadas por todo país, com o intuito de atingir os mais diferentes meios de expressão cultural, levando em consideração as diversidades regionais que distinguem a cultura brasileira.
Fóruns estaduais e municipais estão sendo realizados para englobar todas, ou parte das propostas, que visam fomentar, e igualizar em oportunidades, as diferentes artes, e suas pecularidades regionais.
No site do Ministério da Cultura, (Minc), podemos acompanhar os debates e propostas que os Grupos de Trabalho vem desenvolvendo nos vários estados da confederação, foi então que me questionei sobre as discussões aqui no Mato Grosso do Sul, qual a nossa parcela de contribuição? de onde estão saindo as nossas propostas para o nível nacional? aliás, quando começarão a serem feitas? Os artistas do nosso estado serão contemplados, pois ainda nem secretaria, nem Fundação, expandiram os debates?! Como então, solucionar a falta de comunicação que há entre os níveis interessados nessas propostas?
http://www.cultura.gov.br/site/categoria/politicas/plano-nacional-de-cultura/
Vale a pena manter-se informado no site do Minc, e ficar de olho nas propostas que supostamente serão feitas pelo MS.
O melhor meio é se antenar, pois "desorganizando, posso me organizar".
Danila Maia.
Fóruns estaduais e municipais estão sendo realizados para englobar todas, ou parte das propostas, que visam fomentar, e igualizar em oportunidades, as diferentes artes, e suas pecularidades regionais.
No site do Ministério da Cultura, (Minc), podemos acompanhar os debates e propostas que os Grupos de Trabalho vem desenvolvendo nos vários estados da confederação, foi então que me questionei sobre as discussões aqui no Mato Grosso do Sul, qual a nossa parcela de contribuição? de onde estão saindo as nossas propostas para o nível nacional? aliás, quando começarão a serem feitas? Os artistas do nosso estado serão contemplados, pois ainda nem secretaria, nem Fundação, expandiram os debates?! Como então, solucionar a falta de comunicação que há entre os níveis interessados nessas propostas?
http://www.cultura.gov.br/site/categoria/politicas/plano-nacional-de-cultura/
Vale a pena manter-se informado no site do Minc, e ficar de olho nas propostas que supostamente serão feitas pelo MS.
O melhor meio é se antenar, pois "desorganizando, posso me organizar".
Danila Maia.
sexta-feira, 4 de julho de 2008
Sarau
Mágica, talvez seria a melhor palavra pra definir a noite de 28 de junho.
A reunião, ou melhor, o encontro de artistas e pessoas famintas por cultura e arte tiveram uma noite inesquecível. Com o modelo de sarau, este encontro reuniu pouco mais de setenta pessoas, que foram arrebatadas pela magia da noite fria combinada com uma forte energia que fluía da arte.
A noite cultural teve início por volta das 21:30h. com o grupo Batucasurdo, formado por pessoas deficiente e não deficientes, apresentando ritmos brasileiros através da percussão, especificamente do surdo, som grave que sai da pele do instrumento e toca a alma de quem ouve, integrando poesias pertinentes a sociedade.
Como o objetivo de um sarau é de promover o encontro de quem aprecia e produz arte, no nosso não foi diferente. Sem ter uma estrutura organizada de apresentações culturais, o palco esteve aberto para quem estivesse disposto a engrandecer a noite. Dessa forma tivemos surpresas memoráveis.
Ainda na ultima poesia do grupo Batucasurdo, com o nome de “Dança com Devas”, (música de mesmo nome da banda Cálix) que tem tudo have com aquele momento, entra espontaneamente no meio dos espectadores o Coletivo de Arte Robin Hood, que a três anos tem quebrado tabus e preconceitos ao que desrespeito a arte de rua, conquistando publico não só na cidade de Dourados, mas em todo o estado através do malabarismo e da pirofagia. Manipulando os malabares com fogo dançaram com a música, com o fogo, com as pessoas e como em sonho dançaram com devas.
Após alguns minutos de pura magia o estante lúdico foi quebrado pela intervenção de Kleber Félix e Carol Defendi, parceria firmada especialmente para o sarau. Chamando para a realidade com um texto forte e apelativo, escrito pelo próprio Kleber, levando todos a refletir sobre a condição de seres humanos que somos.
Regado a um bom vinho, a noite teve seqüência com leituras de poemas e contos de Kleber, acompanhado por um profundo solo de guitarra tocado por Dunga, vocalista da banda Dixavantes, e ainda outras pessoas tiveram a oportunidade de recitar próprias poesias ou de outros autores.
Marcela Thais e Flávia Flitt prepararão para o sarau uma performance com pirofagia ao som de Cordel do Fogo Encantado, levando todos à um estagio maior, sobrenatural simplesmente mágico, onde fluiu muita energia que se estendeu por pelo menos mais cinco musicas do mesmo álbum com todo o coletivo Robin Hood.
“Bruxos e magos em monstros a lados”
Fica aqui nosso agradecimento a todos que prestigiarão e colaborarão para o sucesso do nosso sarau.
A todos os artistas que nos oferecerão uma noite fantástica.
Evoé!
A reunião, ou melhor, o encontro de artistas e pessoas famintas por cultura e arte tiveram uma noite inesquecível. Com o modelo de sarau, este encontro reuniu pouco mais de setenta pessoas, que foram arrebatadas pela magia da noite fria combinada com uma forte energia que fluía da arte.
A noite cultural teve início por volta das 21:30h. com o grupo Batucasurdo, formado por pessoas deficiente e não deficientes, apresentando ritmos brasileiros através da percussão, especificamente do surdo, som grave que sai da pele do instrumento e toca a alma de quem ouve, integrando poesias pertinentes a sociedade.
Como o objetivo de um sarau é de promover o encontro de quem aprecia e produz arte, no nosso não foi diferente. Sem ter uma estrutura organizada de apresentações culturais, o palco esteve aberto para quem estivesse disposto a engrandecer a noite. Dessa forma tivemos surpresas memoráveis.
Ainda na ultima poesia do grupo Batucasurdo, com o nome de “Dança com Devas”, (música de mesmo nome da banda Cálix) que tem tudo have com aquele momento, entra espontaneamente no meio dos espectadores o Coletivo de Arte Robin Hood, que a três anos tem quebrado tabus e preconceitos ao que desrespeito a arte de rua, conquistando publico não só na cidade de Dourados, mas em todo o estado através do malabarismo e da pirofagia. Manipulando os malabares com fogo dançaram com a música, com o fogo, com as pessoas e como em sonho dançaram com devas.
Após alguns minutos de pura magia o estante lúdico foi quebrado pela intervenção de Kleber Félix e Carol Defendi, parceria firmada especialmente para o sarau. Chamando para a realidade com um texto forte e apelativo, escrito pelo próprio Kleber, levando todos a refletir sobre a condição de seres humanos que somos.
Regado a um bom vinho, a noite teve seqüência com leituras de poemas e contos de Kleber, acompanhado por um profundo solo de guitarra tocado por Dunga, vocalista da banda Dixavantes, e ainda outras pessoas tiveram a oportunidade de recitar próprias poesias ou de outros autores.
Marcela Thais e Flávia Flitt prepararão para o sarau uma performance com pirofagia ao som de Cordel do Fogo Encantado, levando todos à um estagio maior, sobrenatural simplesmente mágico, onde fluiu muita energia que se estendeu por pelo menos mais cinco musicas do mesmo álbum com todo o coletivo Robin Hood.
“Bruxos e magos em monstros a lados”
Fica aqui nosso agradecimento a todos que prestigiarão e colaborarão para o sucesso do nosso sarau.
A todos os artistas que nos oferecerão uma noite fantástica.
Evoé!
Aristeo Júnior
segunda-feira, 23 de junho de 2008
quarta-feira, 11 de junho de 2008
Críticas
Quando Hamlet observou a Horácio, que havia mais coisas entre o céu e a terra do que supunha a sua vã filosofia, ele alertava para a necessidade de observar e conhecer melhor o mundo à sua volta. A paráfrase entre Machado de Assis e Shakespeare precisa ser traduzida, hoje quem chama a nossa atenção é o HENDY – Grupo de Experimento e Pesquisa em Teatro. O baralho da cartomante nos ajuda. Cada carta uma peça, cada peça uma interpretação, e em cada interpretação uma surpresa. O termo pesquisa nos remete à investigação e estudo, minuciosos e sistemáticos com o fim de descobrir fatos relativos a um campo do conhecimento. O teatro, neste caso, muito bem explorado! A experiência, célula mater do experimento é a habilidade ou perícia resultante do exercício contínuo duma profissão, arte ou ofício. E atrelados, pesquisa e experimento revelam os atores tenros do Hendy.Em A Cartomante, de Machado de Assis, a imaginação da platéia foi incitada a divagar pelo triângulo amoroso entre Vilela, Camilo e Rita. No Apólogo brasileiro sem véu de alegoria, de Alcântara Machado, o teatro dentro do teatro abstraía a noção do real, que refletiu diretamente na concepção cênica do espetáculo. A nova Califórnia foi anunciada de modo particular. A meia luz exigia do público acuidade óptica e atenção, até o escritor, Lima Barreto teria se prendido. O homem que sabia Javanês inverteu os papéis e, num instante, no palco, havia espaço pra atores e espectadores. Brincando com a cenografia a Maria Borralheira de Sílvio Romero, na interpretação do grupo, fez da vaca uma brincadeira mais do que interessante. Em todos os trabalhos encenados pelo grupo, as realidades propostas, a narrativa e a representação sempre estiveram acompanhadas de uma preocupação estética interessante. Singularizando o estar no palco e trazendo a realidade histórica como um semióforo, no sentido de que eles trabalham com o real num valor que não é medido, por ter mais simbólico do que material.
Caí o Rei de Paus fechando, assim, o baralho da cartomante!
Caí o Rei de Paus fechando, assim, o baralho da cartomante!
Por: Mercolis Alexandre Ernandes
Historiador
Hendÿ - Grupo de Experimento e Pesquisa em Teatro
Hendÿ, na língua materna da comunidade Guarani, desvela diferentes significados. Na tentativa de tradução do vocábulo para o português a palavra pode denotar a luz; o claro; ação ou efeito de iluminar, brilhar, acender e irradiar; entre outras palavras.
Buscando trabalhar da mesma forma, o grupo, utiliza o termo como alcunha para o seu elenco de artistas teatrais ligados a diferentes áreas do conhecimento. O Hendÿ é formado por Aristeo Junior, Débora Matiuzzi, Fabricio Moser, Kleber Félix, Mallu Silva, Taianne França, Tiago Dantas e Vanessa Ribeiro.
Agregando tais valores, o Hendÿ - Grupo de Experimento e Pesquisa em Teatro - desenvolve a partir do jogo, esse dialético, os princípios de seu trabalho. De forma concêntrica, centralizando-se na pesquisa e experimento sobre a linguagem teatral, e de forma excêntrica, irradia novas propostas de comunicação com o espectador.
O grupo começa a construir suas bases no ano de 2006 através de um trabalho comum, que levou alguns dos atuais integrantes a conhecerem-se e em conjunto desenvolverem intervenções em eventos. Dessas ações, junto a outros grupos de teatro da cidade, projetou as artes circenses no município.
No ano de 2007 e 2008, manteve esta mesma veia de atuação através do Projeto Pega Leve, da Medianeira Transportes. Baseando sua intervenção na criação de personagens e do jogo, proporcionado pela rua. O projeto realizou mais de 25 performances em escolas, ônibus e no transbordo da cidade de Dourados.
Em outra abordagem sobre o fazer teatral, em espaços alternativos de quatro cidades do sul do estado, junto ao Projeto Letras de Luz, teve seu trabalho fundamentado na pesquisa e experimentação sobre a figura do narrador de contos literários brasileiros, construindo Ensaio Geral: A Cartomante, de Machado de Assis; Apólogo brasileiro sem véu de alegoria, de Alcântara Machado; Maria Boralheira, de Silvio Romero, A Nova Califórnia e O Homem que sabia Javanês, ambos de Lima Barreto. Realizando um total de 21 apresentações junto a este projeto, apoiado pela Fundação Victor Civita e, em parceria com as Secretarias de Educação e Cultura dos Municípios de Dourados, Fátima do Sul, Glória de Dourados e Ponta Porã, atingindo um público superior a seis mil espectadores. O projeto atuou objetivando estimular à leitura e democratizar o acesso à cultura, por meio da difusão gratuita de espetáculos teatrais adaptados para espaços alternativos. Em um terceiro momento, junto a Empresa de Correios e Telégrafos, na ação cultural Carteiro Amigo, na Escola Presidente Vargas, apresentou a encenação do conto O Homem que sabia Javanês, de Lima Barreto.
No início de 2008, o grupo, realizou duas ações com foco nos jogos teatrais, intervindo em eventos educacionais. Desta mesma proposta de trabalho desenvolveu a criação de Loucal – O Canal, autoria coletiva baseada na improvisação. O processo investiu na arte do ator como criador do texto teatral e utilizou como temática a programação dos meios de comunicação em massa, disso, levou a cena à programação de um canal televisivo. De forma satírica procurou criticar esta realidade.
Sua segunda montagem neste ano de 2008 foi o musical infantil Os Saltimbancos. Inspirado no conto dos Irmãos Grinn, a encenação, despertou nas crianças o imaginário, a criatividade, a sensibilidade, o senso de coletivismo e a percepção da diferença, através da música e de seu enredo.
Posteriormente, A Nova Califórnia, encenação do conto de Lima Barreto, obteve aprovação em importantes editais da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, o Circuito Sul -matogrossense de Teatro, que proporcionou a circulação do espetáculo pelas cidades de Ivinhema, Rio Brilhante, Rio Negro, Laguna Carapã e Nova Alvorada do Sul, e o Cena Som, que levou o mesmo trabalho até a capital, no Teatro Aracy Balabanian. Nova Alvorada do Sul, ainda recebeu Os Saltimbancos, montagem selecionada para a 2ª Mostra de Teatro de Nova Alvorada do Sul.
Subsequentemente, o grupo obteve o fomento do FIP – Fundo de Incentivo a Produção Artística e Cultural de Dourados, para a realização da mostra Cena Alternativa: teatro a toda hora e em qualquer lugar. O fomento proporcionou a montagem de duas novas transposições de contos literários para o palco: A Cabeleireira, da portuguesa Inês Pedrosa, e João: Universitário, do sul-matogrossense Silvio Emerson. Junto às duas montagens, três outros trabalhos do grupo puderam ser apresentados à comunidade douradense de forma gratuita, em espaços alternativos da cidade, a qualquer hora do dia do douradense. O grupo finalizou sua atividade, no ano de 2008, com a participação da montagem Maria Borralheira, no I Festival Internacional de Teatro de Dourados, promovido pela UFGD.
Além dos eventos supracitados, o Hendÿ realizou uma cerca de dez apresentações no Teatro Municipal de Dourados com o apoio da FUNCED – Fundação Cultural e de Esportes de Dourados, seja no Dia do Teatro, ou em outros eventos culturais, movimentando a cena teatral e formando novas platéias. Junto às montagens do grupo, se apresenta também Dom Quixote, de Miguel de Cervantes, solo de interpretação com criação e atuação de Fabrício Moser, em 2005.
Buscando trabalhar da mesma forma, o grupo, utiliza o termo como alcunha para o seu elenco de artistas teatrais ligados a diferentes áreas do conhecimento. O Hendÿ é formado por Aristeo Junior, Débora Matiuzzi, Fabricio Moser, Kleber Félix, Mallu Silva, Taianne França, Tiago Dantas e Vanessa Ribeiro.
Agregando tais valores, o Hendÿ - Grupo de Experimento e Pesquisa em Teatro - desenvolve a partir do jogo, esse dialético, os princípios de seu trabalho. De forma concêntrica, centralizando-se na pesquisa e experimento sobre a linguagem teatral, e de forma excêntrica, irradia novas propostas de comunicação com o espectador.
O grupo começa a construir suas bases no ano de 2006 através de um trabalho comum, que levou alguns dos atuais integrantes a conhecerem-se e em conjunto desenvolverem intervenções em eventos. Dessas ações, junto a outros grupos de teatro da cidade, projetou as artes circenses no município.
No ano de 2007 e 2008, manteve esta mesma veia de atuação através do Projeto Pega Leve, da Medianeira Transportes. Baseando sua intervenção na criação de personagens e do jogo, proporcionado pela rua. O projeto realizou mais de 25 performances em escolas, ônibus e no transbordo da cidade de Dourados.
Em outra abordagem sobre o fazer teatral, em espaços alternativos de quatro cidades do sul do estado, junto ao Projeto Letras de Luz, teve seu trabalho fundamentado na pesquisa e experimentação sobre a figura do narrador de contos literários brasileiros, construindo Ensaio Geral: A Cartomante, de Machado de Assis; Apólogo brasileiro sem véu de alegoria, de Alcântara Machado; Maria Boralheira, de Silvio Romero, A Nova Califórnia e O Homem que sabia Javanês, ambos de Lima Barreto. Realizando um total de 21 apresentações junto a este projeto, apoiado pela Fundação Victor Civita e, em parceria com as Secretarias de Educação e Cultura dos Municípios de Dourados, Fátima do Sul, Glória de Dourados e Ponta Porã, atingindo um público superior a seis mil espectadores. O projeto atuou objetivando estimular à leitura e democratizar o acesso à cultura, por meio da difusão gratuita de espetáculos teatrais adaptados para espaços alternativos. Em um terceiro momento, junto a Empresa de Correios e Telégrafos, na ação cultural Carteiro Amigo, na Escola Presidente Vargas, apresentou a encenação do conto O Homem que sabia Javanês, de Lima Barreto.
No início de 2008, o grupo, realizou duas ações com foco nos jogos teatrais, intervindo em eventos educacionais. Desta mesma proposta de trabalho desenvolveu a criação de Loucal – O Canal, autoria coletiva baseada na improvisação. O processo investiu na arte do ator como criador do texto teatral e utilizou como temática a programação dos meios de comunicação em massa, disso, levou a cena à programação de um canal televisivo. De forma satírica procurou criticar esta realidade.
Sua segunda montagem neste ano de 2008 foi o musical infantil Os Saltimbancos. Inspirado no conto dos Irmãos Grinn, a encenação, despertou nas crianças o imaginário, a criatividade, a sensibilidade, o senso de coletivismo e a percepção da diferença, através da música e de seu enredo.
Posteriormente, A Nova Califórnia, encenação do conto de Lima Barreto, obteve aprovação em importantes editais da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, o Circuito Sul -matogrossense de Teatro, que proporcionou a circulação do espetáculo pelas cidades de Ivinhema, Rio Brilhante, Rio Negro, Laguna Carapã e Nova Alvorada do Sul, e o Cena Som, que levou o mesmo trabalho até a capital, no Teatro Aracy Balabanian. Nova Alvorada do Sul, ainda recebeu Os Saltimbancos, montagem selecionada para a 2ª Mostra de Teatro de Nova Alvorada do Sul.
Subsequentemente, o grupo obteve o fomento do FIP – Fundo de Incentivo a Produção Artística e Cultural de Dourados, para a realização da mostra Cena Alternativa: teatro a toda hora e em qualquer lugar. O fomento proporcionou a montagem de duas novas transposições de contos literários para o palco: A Cabeleireira, da portuguesa Inês Pedrosa, e João: Universitário, do sul-matogrossense Silvio Emerson. Junto às duas montagens, três outros trabalhos do grupo puderam ser apresentados à comunidade douradense de forma gratuita, em espaços alternativos da cidade, a qualquer hora do dia do douradense. O grupo finalizou sua atividade, no ano de 2008, com a participação da montagem Maria Borralheira, no I Festival Internacional de Teatro de Dourados, promovido pela UFGD.
Além dos eventos supracitados, o Hendÿ realizou uma cerca de dez apresentações no Teatro Municipal de Dourados com o apoio da FUNCED – Fundação Cultural e de Esportes de Dourados, seja no Dia do Teatro, ou em outros eventos culturais, movimentando a cena teatral e formando novas platéias. Junto às montagens do grupo, se apresenta também Dom Quixote, de Miguel de Cervantes, solo de interpretação com criação e atuação de Fabrício Moser, em 2005.
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